25 de abril de 2013

Libido


Imagem Françoise Nielly

O que eu faço quando a carência exigir pele
E for preciso ouvir sua respiração
Quando o coração pedir a presença
E o corpo desejar o calor

O que digo para acalmar meu intimo
Quando os suspiros estiverem sufocantes
E o desejo abrasar-me a alma
Contorcendo-se de vontade de senti-lo

Ou quando desesperada roçar-me a face
A procura de seu toque
Em busca do acariciar de suas mãos
Sobre os pelos arrepiados entre a veste

Quando tiver meu corpo despido de medos
E coberto de desejos lascivos
Quando conter-me não for mais possível
E deixar escapar o gemido que sufoca os desejos

O que faço quando meu corpo ansiar
Com veemência o calor do seu
E a mente já não puder calar sua ausência
Nem refrear o anelo da sua presença.

Enfim devo fechar os olhos e voltar a conter-me
Silenciar o fogo que me consome
Que te faz senhor sobre essa pele fria
Que insistente, não se cansa de chama-lo.


Imagem Françoise Nielly



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