9 de maio de 2013

Vislumbrante Amor (Autor: Paulo César Ferreira)





Vai-te daqui solidão, onde não mais tem morada, 
Pois ao lado da pessoa amada eu irei me encontrar 
Ah o coração! O que falar desse musculo delirante 
Que outrora tão errante jamais me perdoará. 
Como pode alguém lhe dar razão 
Sabendo da situação que acabou de acabar 

Eu escuto o amor, mediante a dor 
Foi melhor acatar 
Sei que pode estar ferida com agonia da vida 
Que eu ei de curar 
Quão maldoso é esse tal coração, por não aceitar opinião 
Vai de rasteira na razão, agredindo a solidão 
Por não mais te encontrar 

Há relatos fidedignos que se aconteceu contigo 
É melhor postergar 
Pois invejo a ambição, daqueles que vão 
Vasculhar na multidão alguém para amar 

Na vida Aprendi contestar tudo, contestar o certo 
Contestar o errado 
Só não contestar o amor 
Que pra mim foi inspirado. 

Sempre vislumbrei tal amor, 
Por toda minha infância, hoje já 
O desconheço por não ser mais criança. 
Não falo por enigma, não chegaria a tanto 
Sei que estou amando só não sei mensurar o quanto 
Sua voz pra mim é como o canto do uirapuru 
Enchendo-me de alegria, norteando minha alma 

Nessa busca vazia 
Que intriga e assusta ao mesmo tempo, 
Mas saberei esperar pelo devido sentimento 
Que de hora em hora vem a mim 
Ao sabor dos ventos. 

Com isso, lanço mão da razão que as rédeas 
Desse coração ela há de tomar 
Não tente entender o autor, 
Pois não há relevância 
Saiba que esse vos escreve, 
É de fato aquela eterna criança.


Autor: Paulo César Ferreira

3 comentários:

  1. Uau! Que poesia mais linda! Me lembrou Camões! Juro!

    Linda!!!!! Beijos!

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  2. Realmente, belíssimo esse poema. Um abraço, Yayá.

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