14 de outubro de 2016

Estrada


E a cidade passa por mim
Ou será que sou eu quem passa por ela?
Nessa vastidão de ausência de cores
É tão cinza, vermelho, verde, sigo em frente.

E a cidade permanece a correr,
Luzes ficam, outras vem à frente,
E o tempo simplesmente não para
As coisas permanecem a fluir

Só não o encontro na imensidão desse incontrolável vai e vem
Mesmo que tudo que eu queira seja esbarrar você
Que esse cinza me leve ao verde do seu sorriso
E tire de vez o vermelho que essa sua saudade me causa

Passo sinais, sigo em frente
Mas tão perdida que pareço ficar pra trás
É automático, deslizo, percorro
No intimo, eu morro.


06/11/12